segunda-feira, 4 de junho de 2012

PRESTE ATENÇÃO!!!

Por Horn 
EDITORIAL 



Eu meio que me cansei de muitas coisas por conta da postura falsa e vaidosa de algumas pessoas. Não chega a ser tão hipócrita, mas alguns são tão moralmente rasteiros que chega a dar nojo.
Discurso e postura são coisas complicadas e completamente diferentes, mas ao que parece, andam confundindo muito isso por aí.
Um “agitador cultural”, para aqueles imbecis que NÃO sabem qual é o conceito desta tão mágica e, diversas vezes, inebriante vocação, não é apenas assumir uma postura limitada de: “olha, sou artista e, sim, faço a minha parte para a criação e reconhecimento de arte tal”. Errado. Ser um agitador cultural é não se dar por satisfeito com esta merda que se resume a cultura em determinado lugar. Conheço pessoas que não sabem fazer uma bolinha redonda ou uma mísera linha de texto que são muito mais agitados culturalmente que os mesmos que enchem a cara e viajam nesta merda de “contra cultura”. Se pensam assim, desculpem-me caros colegas, vocês são apenas bêbados que se escondem sob uma falsa pele artística pra justificar caprichos vaidosos e mundanos. Vocês não adicionam, apenas subtraem, dia a dia, uma ponta do tão procurado respeito do qual tanto miseram.
Creio que chega uma hora que devemos, definitivamente, nos calar e fazer algo. Criar e divulgar, agregar e enterrar disputas infantis em prol de um bem muito maior. Mas ao que parece, a infantilidade da competitividade individual se sobrepõem ao bem coletivo.
Fazemos o que fazemos pra nos sentir bem? Sim, é claro.
Mas e o público?
Afinal não é pra eles que criamos também?
Não fazemos o que fazemos pra, de certo modo, alimentar a alma das pessoas?
Na boa, eu me calei. Ainda reclamo, claro, mas falo menos e produzo mais. Creio que seja uma boa idéia os discursos mudarem e se tornarem mais introspectivos. Os questionamentos aumentam e a produção de obras, projetos e idéias fervilham mais.
Não sou, de forma alguma, proprietário da verdade, mas de qualquer forma, proponho esta reflexão.
E isto que está acima desta linha também não é a verdade absoluta, apenas o ponto de vista de uma pessoa que está tentando fazer algo pras mesmas pessoas que falam demais e nada fazem, apenas se sentam e esperam. Melhor, pior ou diferente não importa, mas tentando fazer algo limpo, sem política partidária, moralismos ou patriotismo rasteiro. Ocupo-me em fazer algo bacana, muito mais do que tentar construir uma imagem, uma aura em torno de mim ou de minha vocação. Pois é apenas um trabalho. Um trabalho que amo. Mas acima de tudo, um trabalho.
Tentemos, então, trabalhar mais. Ouvir mais. Perceber mais o mundo a nossa volta, suas necessidades, suas vozes, seus silêncios, vamos valorizar o que as pessoas têm de bom a oferecer e vamos começar a falar menos.




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